sábado, 1 de agosto de 2009

Banho é bom


Os Mumuilas são membros de uma tribo do sul de Angola, caracterizados por possuirem mulheres lindíssimas. Quando os portugueses chegaram naquela terra, empunhavam muitas armas e pouco caráter; tamanha foi a covardia, que muitas mulheres foram violadas. Com o intuito de afastar os estrangeiros, as habitantes passaram a utilizar fezes de animais nos cabelos. Atualmente esse hábito tornou-se cultural, fazendo parte do cotidiano, mesmo após a independência daquele país. Mas e quanto a nós? Acredito que já conhecemos essa situação, pois diversas vezes pusemos armaduras, muralhas e extensas valas para nos separar de nossos medos e feridas. A dificuldade do perdão impera e a ousadia é uma palavra entre as outras no dicionário. Até quando vamos entulhar coisas imprestáveis ao nosso redor, ou pior, na própria alma? Segundo Saramago, os olhos fechados refletem o interior; é lá que está tudo que precisamos, mas para isso teremos de aprender a enxergar. Coisas que pareciam esquecidas como coragem, bondade, compaixão e amor estão sedentas por despertar; permita-se. Deixe cair as armaduras, utilize o tato como guia e o peito em conselheiro. É hora do banho, vamos lavar a alma.

2 comentários:

  1. Verdade... O engraçado é que este post complementa o inércia,quando incentiva a apenas ir vivendo a vida sem maiores complicações... o inércia fala do se despojar das preocupações esse fala de largar as dores passadas... Bons textos Lil, faz a gente pensar um pouco sobre certas situações que vivenciamos diariamente e como reagimos a elas... Estou acompanhando seu blog... E estarei comentando sempre que eu tiver algo ( mesmo que não seja intelectual ou profundo) a dizer! =***

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  2. Tão fácil falar em abandonar as armaduras...

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