terça-feira, 22 de março de 2011

A flor

Trecho da vida de um jardineiro, momentos antes de continuar seu trabalho:

Não posso conversar com você por mais 2 segundos, estar aqui em contados 3, ou mesmo ousar permanecer sentado quando o relógio der conta dos 4 que passaram. Eu só posso negar que o tempo ou espaço fazem sentido quando tuas pétalas delimitam a beleza dos meus sonhos, atravessando-me a vida que agora já pode alguma coisa; nem que seja desejar teu perfume mais uma vez.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Está tudo errado


Uma vez para enfrentar o medo de cair da bicicleta me atirei na ladeira mais íngrime que conheci até hoje( isso vale também para os moradores de Olinda). Observando agora, coisas como essa não me parecem racionais. Veja que loucura: conhece-se uma pessoa similar a qualquer uma que já tenhas topado antes, passa-se um tempo lendo poesias, escutando músicas que cantam versos que você pretensiosamente identifica como dirigidos ao próprio, perde tempo pensando numa vida que talvez nunca seja e ainda por cima utiliza o argumento de estar usando razões sentimentais. Que tipo de razão é essa que nunca me explicaram? Tempos confusos... Acredito que ainda haverá um manifesto contra a má distribuição da beleza e, enquanto isso não acontece, dêem-me licença pois tenho uma ladeira para enfrentar.